No dia 27 de outubro de 1988, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
O símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra o HIV-Aids é o laço vermelho usado na campanha, e foi criado em 1991 por um grupo de profissionais de arte de Nova York (EUA) para homenagear amigos e colegas, que haviam morrido ou estavam morrendo por causa dessa doença.
Já se passaram 30 anos de muita luta e conquistas que marcaram avanços e retrocessos no combate à epidemia do HIV-Aids, mas ela ainda não acabou. Mesmo com os avanços nos tratamentos e maior disponibilidade de diagnósticos pelo acesso aos exames na rede pública de saúde, a doença não está controlada e continua fazendo vítimas, principalmente, entre a população mais jovem e vulnerável. A maior concentração dos casos de HIV-Aids no Brasil está nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos.
Hoje é possível viver com o HIV, porém o HIV-Aids ainda não tem cura, e essa realidade não pode ser esquecida. Por isso, é fundamental continuar essa luta e trabalhar muito a prevenção, especialmente com jovens, porque, apesar de campanhas e alertas, muitos/as jovens não usam camisinha com seus parceiros/as e estão em risco de se infectar e/ou propagar o HIV-Aids. Muitos também não fizeram o teste e não sabem que estão infectados.
Alguns dados que reforçam a necessidade de se continuar essa luta no Brasil:
Em 2017, foram registrados um total de 11.463 óbitos tendo como causa básica aids.
No ano de 2017, foram notificados 42.420 casos de infecção pelo HIV.
No período de 1980 a junho de 2018, foram detectados 982.129 casos de aids.
No período de 2000 até junho de 2018, foram notificadas 116.292 gestantes infectadas com HIV.
De 2007 até junho de 2018, foram notificados 247.795 casos de infecção pelo HIV, a maior parte na região sudeste.
Desde 2000, a faixa etária entre 20 e 24 anos é a que apresenta o maior número de casos de gestantes infectadas com HIV.
No período de 2007 a junho de 2018 observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV são homens na faixa de 20 a 34 anos.
Entre os homens, nos últimos dez anos, observou-se um aumento da taxa de detecção entre os/as jovens de 15 a 19 anos, seguido pelos de 20 a 24 e depois pelos de 25 a 29 anos.
A Reprolatina se engaja nessa campanha do 1º de dezembro e convida você a refletir, se conscientizar dos riscos da infecção pelo HIV-Aids, e adotar práticas para sua prevenção e diminuir a discriminação.
Fontes pesquisadas:
https://unaids.org.br/estatisticas/
http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2018/boletim-epidemiologico-hivaids-2018