25 de novembro a 10 de dezembro
Em mais de 160 países ao redor do mundo, desde 1991, além de chamar atenção para o fim da violência contra as mulheres, os 16 Dias de Ativismo reforçam a importância da defesa e garantia dos direitos humanos. No Brasil, a Campanha tem início, no dia 20 de novembro, declarado o Dia Nacional da Consciência Negra – a fim de reforçar o reconhecimento da opressão e discriminação históricas contra a população negra e ressaltar o grande número de mulheres negras brasileiras vítimas da violência de gênero.
Apesar de diversas conquistas, os números sobre a violência contra a mulher são alarmantes em nosso país.
· A cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal;
· No ano passado, o Brasil atingiu o recorde de 61.619 assassinatos de mulheres. Atualmente, a cada 2 horas uma mulher é assassinada;
· A maioria das mulheres é morta por parentes, maridos, namorados, ex-companheiros, ou homens que foram rejeitados por elas;
· Mais de 60% dos assassinatos de mulheres, as vítimas são negras;
· O número de estupros cresceu 3,55% no último ano e 49.916 mulheres foram estupradas em 2016.
É fundamental que as mulheres e também os homens, aprendam que perante a lei, homens e mulheres têm os mesmos direitos. Também é importante aprender a identificar os tipos de violência contra a mulher para poder preveni-la, prestar apoio e atender às mulheres que sofrem violência, denunciar para que seus agressores sejam punidos e, principalmente, se engajar na transformação da sociedade para uma igualdade de gênero e respeito aos direitos humanos.
Lembramos que para romper o círculo de violência contra as mulheres é preciso acabar com a cultura do machismo perpetuada há séculos por uma sociedade patriarcal que, além de regular a conduta da mulher, também destinou a ela o papel de mãe e esposa devotada, submissa e propriedade do pai, marido ou homem com o qual se relaciona.
A Reprolatina, em sua missão de contribuir para a diminuição das desigualdades de gênero e construção de uma sociedade mais justa, apoia as atividades na “Campanha dos 16 Dias de Ativismo”, e reafirma seu compromisso de contribuir para a diminuição das desigualdades de gênero, construção de uma sociedade mais justa e uma cultura de não violência contra as mulheres.
“A violência contra as mulheres ainda acontece todos os dias em todos os países. Temos que entender as causas e saber o que fazer para eliminá-la. Pôr fim à violência contra mulheres e meninas é um dos mais importantes objetivos deste século.”- Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas
Fontes consultadas:www.relogiosdaviolencia.com.br - www.ipea.gov.br/retrato/