Injeções anticoncepcionais
Injeções anticoncepcionais

O que são?
As injeções são métodos de alta eficácia que contêm hormônios parecidos com os que a mulher tem em seu corpo. Existem dois tipos de injeções:
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Injeções combinadas:Contêm dois hormônios, estrogênio e progestogênio, iguais aos hormônios produzidos pela mulher em seu ciclo menstrual. Se toma uma vez por mês.
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Injeções só de progestogênio:Contêm só um hormônio, com efeitos muito parecidos à progesterona, um dos hormônios produzidos no ovário da mulher durante seu ciclo menstrual.Se toma a cada 3 meses.
Como se usam?
Por se tratar de um método hormonal, para iniciar o seu uso é muito importante que a mulher procure um serviço de saúde para receber uma orientação correta sobre a sua forma de uso e verificar os critérios médicos de elegibilidade para definir se ela pode, ou não, usar esse método anticoncepcional.
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Injeções combinadas:A primeira injeção deve ser aplicada de preferência nos primeiros cinco dias desde o início da menstruação ou em qualquer momento do ciclo menstrual se a mulher tem uma certeza razoável de não estar grávida. A injeção deve ser administrada por via intramuscular profunda, no braço ou no glúteo e não se deve massagear o local da injeção depois da aplicação. As injeções subsequentes devem ser administradas a cada trinta dias com tolerância de ± sete dias.
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Injeções só de progestogênio: A primeira injeção deve ser aplicada de preferência nos primeiros cinco dias desde o início da menstruação ou em qualquer momento do ciclo menstrual se a mulher tem uma certeza razoável de não estar grávida. As injeções subsequentes devem ser aplicadas a cada três meses, mas pode ser aplicada com um atraso de até trinta dias, caso ocorra algum problema, sem interferir em sua eficácia.
Como funcionam?
A principal ação dos dois tipos de injeção é impedir que ocorra a ovulação, além de provocar alterações no muco cervical e no endométrio.
Qual é a eficácia?
Os dois tipos de injeções são muito eficazes.
Em qualquer um dos dois tipos de injeções, ataxa de gravidez é de 0,2 por 100 mulheres no primeiro ano de uso. (2 gravidezes por cada 1.000 usuárias no primeiro ano). Essa taxa de gravidez é segundo os resultados de estudos clínicos bem controlados, em que a mulher usa o método corretamente sem atrasar a aplicação das injeções além do prazo permitido. Em uso comum, a taxa de gravidez para os dois tipos de métodos é de 3 a 4 gravidezes por cada 100 mulheres no primeiro ano de uso.
Quais são os efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais das injeções que se aplicam mensalmente ou trimestralmente são pouco frequentes e não sãosinais de alguma doença. Em geral, o padrão de sangramento é mais regular e com menos alterações com os injetáveis mensais.
Algumas usuárias podem ter:
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Mudança no padrão de sangramento menstrual (sangramento mais escasso e durante menos dias).
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Falta de menstruação (principalmente com a injeção trimestral).
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Ganho de peso (principalmente com a injeção trimestral).

Quais são os benefícios para a saúde?
Injeção mensal
Os estudos de longo prazo são escassos, mas alguns pesquisadores pensam que os benefícios são semelhantes aos das pílulas combinadas.
Além de proteger contra a gravidez, reduzem o risco para:
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Câncer de endométrio.
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Câncer de ovário.
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Doença inflamatória pélvica.
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Podem proteger contra cistos de ovário e anemia por deficiência de ferro.
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Reduzem a frequência e intensidade das cólicas menstruais e da dor no período da ovulação.
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Reduzem o aumento de pelos no rosto e no corpo.
Injeção trimestral
Além de proteger contra a gravidez, ajudam a proteger contra:
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Câncer de endométrio.
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Miomas uterinos.
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Pode ajudar a proteger contra a doença inflamatória pélvica sintomática.
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Protege contra anemia por deficiência de ferro.
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Reduz a frequência de crises hemolíticas em mulheres com anemia falciforme.
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Reduz sintomas de endometriose (dor pélvica e sangramento irregular).

Última atualização: junho 2021